Conhecidas por provocar uma expressiva perda de peso, as cirurgias metabólicas, também chamadas de bariátricas, vão bem além dos quilos deixados pra trás. Elas têm um importante papel para os pacientes com obesidade severa e também naqueles com outras doenças instaladas, como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono.
“É importante entender que obesidade é uma doença crônica que precisa ser tratada. Em casos de pacientes com IMC acima de 35 ou naqueles com IMC superior a 30 e que apresentam comorbidades específicas, a cirurgia é também uma forma de preservar a vida e elevar a qualidade de vida”, explica o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Márcio Próspero.
A obesidade eleva o risco de várias doenças, em especial as cardiovasculares. “Por isso, quando o paciente faz os procedimentos metabólicos e reduz o peso, ele reduz também o risco de ter um AVC, uma parada cardiorrespiratória, dentre outras doenças que ameaçam a vida”, completa.
No caso do diabetes tipo 2, a cirurgia bariátrica tem sido uma importante ferramenta de controle da doença. “Vários estudos e também a experiência clínica mostram que a cirurgia metabólica tem um grande impacto no controle da glicemia nos pacientes com diabetes do tipo 2, muitos inclusive puderam suspender as medicações. A cirurgia é indicada quando não há resposta ao tratamento clínico e o diabetes não está instalado há muito tempo, ou seja, os pacientes não são insulinodependentes. Os que não estão nestes casos se beneficiam da cirurgia”, destaca Dr. Márcio Próspero.
Outras doenças crônicas, como as patologias nas articulações que pioram com o excesso de peso, têm grande melhora nos pacientes que fizeram uma cirurgia bariátrica. “Vale ressaltar que a cirurgia é uma parte do processo, é importante que o paciente tenha acompanhamento multidisciplinar após a cirurgia com nutricionista, psicólogo e endocrinologista para que a realmente haja uma mudança definitiva nos hábitos do paciente”, finaliza.
02 de Dezembro de 2020
Cirurgias bariátricas e saúde
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